A minha alma na tua alma.

Pensei um dia que gostaria muito de usar esta música num post. Mas até hoje isso nunca foi possível. Numa vida cheia de encontros e desencontros as lágrimas que teimosamente insistem em cair dos nossos olhos abrem muitas vezes feridas profundas no nosso ser. Anjos que se cruzam na nossa vida são tão poucos e muitas vezes estamos tão desatentos embrulhados nas nossas dores, que não temos o discernimento de os reconhecer. Mas a vida é mesmo assim uma maravilhosa sequência de emoções e sensações onde os nossos sentidos se apuram cada vez mais. E de quando em vez temos um presente vindo dos céus. Uma mensagem de ternura e carinho que nos deixa completamente rendidos e com a consciência do quanto vale a pena esperar. Sempre acreditei na existência de almas gémeas. Como dizia o escritor, almas gémeas não são iguais a nós, são parte de nós. O reconhecimento no outro e extensão sem obsessão dos sentimentos é um estar que nos deixa em completo êxtase. Almas gémeas que são espelhos, principio meio e fim. Quando a encontramos os olhares reconhecem-se e prendem-se na vontade de ouvir o que cada um pensa. Quando a encontramos todas as defesas se rendem, numa vontade de dar sempre mais e mais. Num misto de loucura sem fim. Atentas às diferenças, atentas ao estar, as almas sentem-se e ouvem-se para além da distância. Perdemo-nos em pensamentos de como o outro andará o que estará a fazer. E quando os corpos se juntam tudo se resume a um encontro com o Sol. Os olhos brilham e a voz altera-se ficando cada vez mais doce e meiga. O simples toque toma uma dimensão alucinante onde o desejo se confunde com a vontade de sermos um só. A única explicação que sinto válida é que no outro nos completamos. Hoje com a idade que tenho verifico que todas as ideias que me acompanharam estão correctas, existe mesmo a nossa alma gémea. Que Deus me ajude a conseguir estima-la e me dê forças para a cada dia que passe o nosso amor seja cada vez mais forte. Um beijo meu amor…