março 01, 2005

Cansei-me




Cultivo sim este jeito de ser
Confesso não conseguir ser diferente
Por mais que me esforce em fazer
Um novo dia sempre indiferente

E elas correm sem eu querer
Fazem comigo brincadeiras
Soltam-se a correr
Quebrando em mim barreiras

Quero consumir sem parar
Esta culpa que me consome
E me coloca a esperar
O impossível que já dorme

Culpa idiota, já expiada em demasia
Culpa criada e não existente
Culpa que me consumiu anos de alegria
Culpa que me impediu de ser gente

Já tenho as mãos frias
Corpo dorido
Estou de coração ferido
As veias sem sangue, vazias

Cansei-me de subir
Cansei-me de cair
Cansei-me de existir
Cansei-me de substituir

4 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Bravo!! Laura Sinto que não tás só, podia ser eu a dizer isto,
Sinto que não sou unico , sinto-me bem por te ver tão mal... Ufa... julguei ser só eu:)ehehe

beijo grande
João

2:42 da manhã  
Blogger Mitsou disse...

Um grito que se lê de um fôlego e nos deixa uma sensação de desabafo. Obrigada, Laura. Faz-me bem ler os teus poemas, nesta minha ausência imposta pelo trabalho. Daí, serem tão lacónicos os meus posts, Amiga. Mas recebo-te sempre com muita alegria e carinho. Um beijo.

11:02 da tarde  
Blogger Micas disse...

Às vezes é necessário "morrer" para renascer. E cada renascimento tem um sabor especial. Acredita. Abraço.

11:38 da tarde  
Blogger Conceição Paulino disse...

BOM, é tão forte o grito de revolta(S) k estás pronta para um recomeço, se é k n/ está já em curso. K seja um bom recomeço. Bjs e ;)

6:52 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

Free Calendar from Bravenet.com Free Calendar from Bravenet.com