Cansei-me
Cultivo sim este jeito de ser
Confesso não conseguir ser diferente
Por mais que me esforce em fazer
Um novo dia sempre indiferente
E elas correm sem eu querer
Fazem comigo brincadeiras
Soltam-se a correr
Quebrando em mim barreiras
Quero consumir sem parar
Esta culpa que me consome
E me coloca a esperar
O impossível que já dorme
Culpa idiota, já expiada em demasia
Culpa criada e não existente
Culpa que me consumiu anos de alegria
Culpa que me impediu de ser gente
Já tenho as mãos frias
Corpo dorido
Estou de coração ferido
As veias sem sangue, vazias
Cansei-me de subir
Cansei-me de cair
Cansei-me de existir
Cansei-me de substituir
4 Comments:
Bravo!! Laura Sinto que não tás só, podia ser eu a dizer isto,
Sinto que não sou unico , sinto-me bem por te ver tão mal... Ufa... julguei ser só eu:)ehehe
beijo grande
João
Um grito que se lê de um fôlego e nos deixa uma sensação de desabafo. Obrigada, Laura. Faz-me bem ler os teus poemas, nesta minha ausência imposta pelo trabalho. Daí, serem tão lacónicos os meus posts, Amiga. Mas recebo-te sempre com muita alegria e carinho. Um beijo.
Às vezes é necessário "morrer" para renascer. E cada renascimento tem um sabor especial. Acredita. Abraço.
BOM, é tão forte o grito de revolta(S) k estás pronta para um recomeço, se é k n/ está já em curso. K seja um bom recomeço. Bjs e ;)
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