Vento ou tormento ?
Foto by Roby Lea
Queria me espalhar no vento,
desejando subir e assim,
ficar pairando no céu.
E que tu meu anjo neste momento,
entendesses a brevidade e no sim
te entregasses e fosses meu
Quantas luzes temos nós que ver,
para entender o quanto tudo nos escapa,
na volatilidade desta existência ?
E nesta procura do nosso ser,
saber deixar cair a capa
deixando transparecer a nossa essência
Poderei eu ser filha da natureza?
Só assim explico o meu estar,
que me faz correr no vento.
Dela sou filha tenho a certeza,
porque ela me deu esta capacidade de amar,
mesmo que isso me faça viver em tormento.
Se choro tanto quanto sou capaz de rir
Se sinto tanto quanto sou capaz de fazer sentir
Se me entrego sem nada pedir
Não deverias tu minha mãe natureza,
fazer soprar o vento e na certeza,
não me fazer mais sofrer.
7 Comments:
Um poema dorido, embora bonito...Quase uma prece a pedir ajuda à mãe de todos nós...Bjitos!!!
Querida Laura
Eis-te chegada de local encantado... e já assim tão atribulada?
Um beijo
Daniel
Matematicamente "se choro tanto quanto sou capaz de rir" é igual a "se rio tanto quanto sou capaz de chorar"... e mais não digo pois tudo é "certeza"
Sabes, li e senti tanto, mas tanto...deves saber o que quero dizer. Quando alguém se identifica com um poema destes só pode saber o que dizes, o que sentiste ao escrevê-lo. Dói tanto...
Jinhos e um abraço apertado.
...no principio de todas as coisas...a natureza era a nossa mãe...depois os Homens acharam por bem, que tal assim não fosse.....quanto ao teu poema sofrido e belo, gostei imenso....muito te poderia mais dizer....mas desculpa, ando sem palavras....acho mesmo que elas me fugiram....um beijo, lucas
Ainda nao percebi onde errei para deixares de falar comigo.
Klimt
Está fantástico!!! Este poema é de uma força!!! Gostei muito! beijinhos
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