julho 31, 2005

Como é bom...


Foto by Dorota Tumiska




Tenho dias em que me sinto,
nesta ausência de apenas estar,
mulher que apenas procura abrigo.
Mas os dias passam e eu não minto,
quando dentro do meu peito a gritar,
sinto a voz que me leva ao perigo.

Tenho dias que me sinto serena,
tal qual o rio que vejo ao luar.
Em cujas as ondas me deixo ir.
Outros em que nada me amena.
E nesta correria em que pareço andar,
apenas fujo do eterno cair

Mas mesmo que o dia não seja,
aquilo que desejo alcançar.
A chama continua em mim.
Este fogo que em alguns flameja,
aquecendo a alma sem nunca parar,
mas que noutros apenas os consome sem fim

Como é bom ser diferente de ti….
Como é bom me completar em ti…
Como é bom seres rio em mim…

És o homem da minha vida a minha serenidade e loucura, Adoro-te

julho 26, 2005

Vento ou tormento ?


Foto by Roby Lea




Queria me espalhar no vento,
desejando subir e assim,
ficar pairando no céu.
E que tu meu anjo neste momento,
entendesses a brevidade e no sim
te entregasses e fosses meu

Quantas luzes temos nós que ver,
para entender o quanto tudo nos escapa,
na volatilidade desta existência ?
E nesta procura do nosso ser,
saber deixar cair a capa
deixando transparecer a nossa essência

Poderei eu ser filha da natureza?
Só assim explico o meu estar,
que me faz correr no vento.
Dela sou filha tenho a certeza,
porque ela me deu esta capacidade de amar,
mesmo que isso me faça viver em tormento.

Se choro tanto quanto sou capaz de rir
Se sinto tanto quanto sou capaz de fazer sentir
Se me entrego sem nada pedir
Não deverias tu minha mãe natureza,
fazer soprar o vento e na certeza,
não me fazer mais sofrer.

julho 24, 2005

Foges hoje?

Nunca me senti assim
Nunca me senti sentida
Nunca me senti querida
Nunca me doeu tanto a despedida

Nunca me dei tanto
Nunca me perdi sem pensar
Nunca desejei o teu encanto
Nunca tive vontade de amar

Não existe momento sem entrega
Nem entrega sem encantamento
Nem desespero sem espera
Nem espera sem afastamento

Tenho medo de mim
Medo do que sou
Medo quando me dou
Fugindo sempre no fim

E quando não fujo acontece
Que aquele que eu quero
Num passo de magia desaparece
Mas esta magia dói...

Hoje foges?

julho 10, 2005

Que calor...


Stelios Sagris




Tinha que se hoje
Não podia ser noutro dia qualquer
Tinha que ser assim
Que eu me tornaria tua mulher

Envolves-me com a tua voz de mel
Num cérebro que viaja com a luz
Estou-me a deixar viajar em ti
Não me apetece sair

Se o que faço está certo ou não
Não sei nem me apetece saber
Hoje apetecia-me segurar tua mão
E em mim dar-te de beber

Está tanto calor
Sinto o corpo a pegar
Apanha esse pano molhado de amor
No meu corpo deixa umas gostas pingar

Espalha-as nas minhas costas
Estou-me a arrepiar contigo
Sinto que sei o que gostas
Não fujas do meu abrigo

Está tanto calor e apetece-me estar contigo….em ti

julho 07, 2005

Quero e dou...


Christian Hang




Mesmo que por um instante
Vou enterrar o passado
Viver-te com intensidade
Transformar te em ser amado

Quero café quente pela manhã
Quero um beijo ao acordar
Quero provar tua boca com sabor a romã
Quero te sentir e tocar

Quero adormecer já cansada
Sentindo nossos corpos dormentes
Quero ficar enlaçada
Quero te voltar a amar na alvorada

Quero os teus carinhos
Até me sentir desligar
Imaginar-me percorrendo caminhos
Quero te ao som do mar

Adoro esse corpo
Adoro esse respirar
Adoro esse olhar
Adoro a tua forma de me amar….

Quero tanto quanto dou, aceita….

julho 05, 2005

Om Hanumate nama



Encontros em realidades paralelas
Em simetrias jamais encontradas
Momentos em convicções desejadas
Ilusões partilhadas através de janelas

Água que corre para o mar,
numa cadência nunca ouvida.
Água que escorre num amar.
Mulher que chora comovida.

Num cenário pintado a cores quentes
Olhares que se cruzam ansiosos
Amar de amantes desejosos
Corpos que se enlaçam dormentes

Em cada passo mais perto,
por em cada dia te sentir
Em cada amor que em mim desperto,
a vontade de em Ti me fundir.

Desejo que se confunde
Amor que se desprende
Onde o que apenas se pretende
É que o amor do Criador me inunde

julho 03, 2005

Razão de ser


Undless Unknown




Juro que pedi,
nos momentos de sofrimento.
Juro, mesmo quando sem alento,
Juro que chamei por ti

E já de garganta seca
dorida de tanto gritar
Bebi de ti com a certeza,
que em ti queria ficar

Recomeçando assustada o caminho
Recordo toda a solidão vivida
Lembro-me do ambicionado carinho
Sentindo as noites de alma sofrida

Dá-me a tua mão
Dá-me a tua luz
Tudo darei de mim
Toma conta do meu coração...

julho 01, 2005

Pleno


Undless Unknown




Nesta existência tão cheia de racionalidade
Com os medos que nos espreitam
Neste caminhar tão perto da eternidade,
serei eu capaz de te mostrar o meu coração?

Nesta esplendor em que me sinto
Conseguirei eu segurar a tua doce mão
Fazendo-a sentir a ternura a que me consinto
Por te fazer viver em mim com tanta emoção?

Confesso que amor já senti
Confesso que amor já muitos sentiram comigo
Confesso que em mim desperta no abrigo,
a vontade de recuperar tudo o que perdi.

O tesouro que seguro em mãos,
amostra do que tens para dar.
É duma raridade para se amar,
levando-me a desejar a elevação.

Estranho é explicar
Pois quando se ama assim
Dois passam a ser um
Um perto da essência e do criar

Serei eu mulher para ti
Serei eu capaz de te fazer feliz
Quererás tu ser um comigo
Amo-te

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