dezembro 26, 2005

A minha nova casa

http://despidadetudo.blogspot.com/

dezembro 22, 2005

Mudanças

Uma nova casa, uma nova fase

dezembro 08, 2005

Lose Control








Eu não sou opção
Nem tão pouco plano B
Recuso-me ser comparada
Nem quero ser amparada

Eu não preencho espaços vazios
Nem tão pouco tempos mortos
Eu sou muito eu
Mulher de paixões, com caminho

Eu fortifico-me
Embelezo-me
Cultivo-me
Melhoro-me

Não espero nem desespero
Conquisto o Sol no espaço existencial
Não me contento com pouco
Quero tudo !!!

novembro 30, 2005

Si tú no estás aqui







Não fujas deste céu
Não fujas mais de mim
Não fujas porque só assim
O que tenho poderá ser teu

Não fujas dum momento
Por muito breve que ele seja
Não temas sentir o contentamento
De te unires a mim

Não fujas de sentires tudo
Mesmo que tenhas medo
A vida é mesmo assim
Um sol a brilhar sobre um rochedo

Não fujas, segura-me antes,
Dança envolve-me sem temor
Numa melodia de amantes
Sentindo um reconfortante calor

Aconteça o que acontecer
Suceda ou seja apenas miragem
Em mim continuarás a viver
Em ti serei exemplo de coragem

Sabes bem meu amor,
No dia que tiveres de ir
Não sou eu que te irei prender
Beijo-te

novembro 29, 2005

A fuego lento tu mirada...








Como explico a minha paixão eterna
Que me leva a percorrer os caminhos do infortúnio
Como explico a minha natureza selvagem
Que me leva a sentir a tristeza de mais uma miragem

Como explico este eterno recomeço
Este compromisso feito comigo
Que me deixa tantas vezes sozinha
Em dias de temporal sem abrigo

Como explico que dentro de mim
Existe uma força maior que o universo
Que me faz acreditar no amor
E numa vida plena e serena

Como explico o meu amor pelo próximo
Que me faz ter fé e esperança na vida
Espalhando aos quatro cantos da terra
Que só no amor existe uma saída

Esta música sou eu, agradeço a Deus que me deu tanto e me faz a cada nuvem ver o Sol que nela se esconde.

Vivo-me





Tenho dentro de mim
Uma eterna vontade de ser feliz
Numa paragem qualquer
Num momento esquecido

Numa memoria que vive
Num futuro com vontade de ser mais
Percorro a vontade que sobrevive
Que me faz brilhar entre os demais

Tenho vontade de ser feliz
Tenho-a dentro de mim
Canto-a bem alto
O medo que sinto faz-me crescer

Luto, lutarei a cada momento
Luto porque assim me sinto viver
Luto e nunca deixarei de ser
A mulher que gosto de ver ao espelho

Quem me apanhar neste esvoaçar
Quem me sentir neste viver meio louco
Saberá que eu sei amar
E que nada farei por pouco

novembro 24, 2005

Excepção


Foto by Js Monzani





Abre os meus olhos
Abre os meus braços
Alivia as minhas dores
Alivia os meus cansaços

Faz-me esquecer
Apenas num abraço
Faz-me tremer,
No teu simples laço

Faz de mim tua.
Numa cama qualquer
Numa praia ou rua
Faz de mim mulher (a tua)

Recolhe-me deixando tudo estar
No silêncio sem nada dizer
Recolhe-me à luz do luar
Faz o que tu sabes melhor fazer

E por fim,
Faz de mim ser humano
Que sofre na solidão de um carinho
Eu não gosto deste cantinho
Procuro a excepção

Alguém sem ninguém


Foto by Jarocki Bogdan





Um qualquer crucificado,
sem destino ou alento.
Um medo injustificado,
que nos conduz ao tormento.

Uma palavra caída em vazio,
numa casa qualquer desabitada.
Vidas suspensas vividas ao frio,
alguém que chora de camisa rasgada.

Alguém que pede sem temer
Alguém que deseja e dá
Alguém exposto ao frio a tremer
Alguém que um dia morrerá

Alguém tem medo
Alguém arrisca
Alguém sofre de solidão
Alguém sente o sangrar do coração

Amparando-se
Amando-se no escuro
Ouvindo-se no silêncio
Alguém, ninguém mas sempre caminhando…

novembro 21, 2005

Pedaços n.3







Chovia demais naquele dia, andavam tal qual esquimós dentro de casa por causa do frio. Depois dum longo almoço Ana Paula recebeu um convite que aceitou prontamente. Era impossível recusar fosse o que fosse a um sorriso tão lindo. Tiraram as roupas e enfiaram-se debaixo dos cobertores. Ana Paula tinha acordado cedo naquele dia, sentia uma paz enorme dentro de si. Momentos teve que evitou pensar no que estava a sentir, momentos tinha que achava que o sonho podia acabar assim, sem mais nem menos. Meio embalada sentia as mãos dele percorrem-lhe as costas sentindo-se cada vez mais descontraída. No rádio ligado tocava baixinho uma música qualquer. Abriu os olhos e viu que ele estava a olhar para ela. Estavam encaixados tal qual peças de puzzle, de tal modo juntos que pareciam ter nascido assim. Ele fez-lhe prometer que ia tomar conta dela, enquanto não tivesse por perto. Dizendo-lhe que a distancia física não a podia agitar porque ele estaria sempre dentro do seu coração, tal como ela estava no dele. Mimou-a tanto que Ana Paula deu-lhe um abraço forte, tinha vontade que ele se fundisse com o seu corpo de modo a nunca mais o ter de ver partir. Por fim adormeceu, acordando com um beijo suave nos lábios. Tinha vontade de fazer amor com ele, tanta era a ternura que sentia. O telemóvel tocou, Ana saltou da cama, era sua mãe a saber se ela estava viva. Engraçado as perguntas que certas pessoas fazem, respondeu que sim, quando desligou o telemóvel saltou para a cama. Perguntou-lhe em que pensava ele respondeu que a amava. Cerrou os olhos com tanta força não queria rebentar de emoção. Ela também o amava muito, finalmente tinha voltado a amar. Depois de uma longa caminhada sentiu que tinha encontrado o que desejava. Não existia situação ideal, nem homem, nem tão pouco mulher, apenas dois seres que se queriam bem e se acarinhavam muito sem nada forçar. Num amor livre que sabe estar, prometeu a si mesma sentir cada momento, estimar e cuidar daquele homem que tanto lhe tinha dado em tão pouco tempo. Prometeu a si mesma continuar no caminho da luz e da melhoria de si mesma, ela merecia, ele merecia, todos que a queriam bem mereciam….

novembro 19, 2005

Pedaços n.2






Todos gritavam, o barulho estava insuportável. Ana Paula pensa porque razão continuava a aceder a estas convocatórias familiares. Estava bem disposta quando chegou ao restaurante. A sua família já estava a jantar quando tinha chegado, tendo pedido a sua comida na cozinha. As pessoas até que pareciam estar felizes, comiam com satisfação, rindo com as brincadeiras dos mais pequenos. Mas nas suas faces as mágoas estavam desenhadas em traços que apenas se conseguiam ver em situações muito particulares. E eles comiam, comiam, comiam. Depois de jantar pediu um café, o empregado já sabia como ela gostava de o beber: “Bem quente em chávena escaldada, não é menina? ”. Aqueceu as mãos na chávena, estavam geladas. O barulho parecia cada vez mais distante, até que foi desperta por uma observação: “Ana Paula não perdes de maneira nenhuma esses tiques masculinos, não vez que isso fica mal a uma senhora?”. Ouviu e só conseguiu sorrir, naquele dia tinha prometido a si mesma que não se iria aborrecer, as criticas eram constantes, no fundo ela sabia que não a criticavam por mal. Seria possível que ninguém tivesse olhos para verem quantas coisas de errado fazem? Meteu conversa com um dos miúdos que estava ao seu lado, tinha uma cara triste, após alguns minutos de conversa ambos riam. E eles gritavam, gritavam, gritavam. Ana Paula deu por si a olhar para o relógio, não queria se sentir culpada, mas não se sentia bem no meio deles e eles eram parte dela. Ela sabia que alguém esperava por ela, sabia também que eles que hoje gritavam, noutras alturas já a tinham deixado sozinha. Sabia que na vida as pessoas quando têm que escolher não pensam no seu próximo, pensam apenas que não querem ficar sós. A meio de uma conversa qualquer Ana Paula disse que tinha pressa de ir, estava atrasada para ir fazer qualquer coisa…Todos ficaram chateados, ela tinha sempre algo que fazer, tinha sempre alguém mais importante que eles. Eles não entendiam o que ela já tinha passado e que em muitas noites de conforto, cada um nas suas casas, Ana Paula batia-se com o medo da solidão e da loucura. Mas isso já tinha passado, agora eles que esperassem, porque ela não iria esperar por mais ninguém…

novembro 18, 2005

Pedaços n.1







Hoje o frio tinha chegado novamente, não aquele frio que obrigava a vestir roupas mais quentes, mas sim o frio que gelava a alma. Ana Paula não se sentia bem. Dizem quando a alma está meio abandonada o corpo sente, talvez fosse o que estava a acontecer. Os olhos estavam pesados e tinha dores no corpo. Fugia das pessoas aos poucos e à medida que o dia avançava sentia uma enorme tristeza a tomar conta de si. Quando saiu do trabalho ao entrar no carro tentou respirar fundo. Não conseguiu uma dor enorme tirou-lhe a respiração e a força nos músculos das pernas. Não se assustou, brincou consigo mesma pensando que engraçado seria ficar doente sem ninguém para tomar conta dela. Tentou pensar em coisas agradáveis desviando o seu pensamento das dores, técnica que já utilizava há muitos anos. Já era noite ainda tinha jantar para fazer e o seu herdeiro esperava por ela à porta da escola de música. Sentada no carro colocou as mãos sobre o volante e pensou: “Força mulher, não vale a pena parar agora”. Colocou o cinto de segurança ainda meio dorida, ligou o carro, pisca e a lá foi ela. O vento estava frio o trânsito insuportável ao ligar o rádio, ouviu uma música lindíssima, fazia tempo que não a escutava. Quando deu por si as lágrimas escorriam-lhe pelas faces e ela não as conseguia fazer parar. Pensou que não poderia ter maior alegria do que encontrar uma pessoa à sua espera em casa, com o seu sorriso lindo. As dores aumentavam e ela cantava a música que tocava no rádio ainda mais alto em desafio, sabia que ninguém estaria à sua espera em casa. No entanto alguém esperava por ela noutro local, o seu herdeiro. Chegaram a casa e depois do jantar Ana Paula sentou-se no sofá, agarrada ao seu menino. Adormeceram os dois, Ana acordou já era uma da manha levou o seu menino para a cama. No terraço fumou um cigarro pensando porque razão tinha de ser assim, tão emotiva. Estava exausta sentia-se sozinha, ele fazia-lhe falta…

novembro 17, 2005

Tudo passa...





Eu pertenço
Ao meu contentamento diário
Ao desejo de ser feliz
À loucura do momento

Eu tenho o direito,
De gritar pelo que quero.
De deixar tudo sem efeito,
Recomeçando tudo do zero

Eu posso,
Dizer o que não gosto
Fazer o que me apetecer
Mesmo que outros eu faça estremecer

Não farei ninguém sofrer
Mas eu a mim prometi
Da minha face lágrimas jamais irão correr
Não repito o que já me arrependi

Nesta consciência que o tempo urge
Assumo a necessidade evolutiva
Estagnação consome a minha existência
Urgente amar, partilhar e estar !!!

novembro 11, 2005

Almost...Suavissimo..


Foto by Jan Bengtsson





Podes me contar muitas histórias
Podes me dizer que a vida dá voltas
Até me podes enterrar nas tuas memórias
Mas eu abro todas as portas

Posso dizer que era assim
Não podia ser doutra forma
Mas sei que quando digo sim
Por dentro ouço a tua norma

Suave é o que sinto
No toque das nossas almas
Ternura é o que pressinto
Em noites que nunca foram calmas

Aconteça o que acontecer
Veja eu ou apenas sinta
Que em mim te consigas perder
Que eu a ti nunca te minta

novembro 08, 2005

No Exercício da Vida







Exercício de loucura
Saltar para o abismo
Exercício de doçura
Deitar fora o comodismo

Exercício de esquecimento
Lembrar de mim todos os dias
Exercício de arrependimento
Fazer aquilo que tu não farias

Exercício por querer
Sempre que me apetecer
Exercício por amor
Não desperdiçar o teu calor

Exercício de limpeza
Sujar tudo em volta
Exercício de resistência
Não ser consumida pela revolta

Exercício de encaixe
Entender as minhas pressas
Exercício de calma
Não ser eu mesma…

Fui…

novembro 07, 2005

Não sabes...


Foto by Jan Bengtsson





Recolho-me em harmonia
Numa batida mais que sentida
Sem argumento mas em sintonia
Na procura duma alma perdida

Recolho-me num cheiro esquecido
Imagens dum momento dormente
Vasculhando num presente vendido
Um amor que não está presente

Recolho-me porque tenho frio
Porque não me apetece a realidade
Sem me esconder vejo-me no rio
Espelho da minha ansiedade

Recolho-me nos sons da paixão
Onde me sinto viva por instantes
Vejo-te com o coração
Sinto que sempre fomos amantes

Recolho-me e sem fugir
Confesso já pouco desejar
Prometendo apenas conseguir
Entregar-me a quem estou a amar…

Nota:(O Botão da musica fugiu ;)
Carregar na cruz, sff )

novembro 02, 2005

Abraça-me







Sabes que já nada me dói?
Sabes que já não choro de noite?
Sabes o que na minha cabeça se constrói?
Sabes que já não sinto “aquele” açoite?

Sabes que sinto ganas de castigar,
aqueles que te fizeram chorar?
Sabes que tenho vontade de te proteger,
daqueles que te fazem sofrer?

Sabes que quando te abraço,
abraço todas as crianças perdidas?
Sabes que quando repousas no meu regaço,
todas as minhas magoas ficam esquecidas?

Sabes quantas lágrimas chorei,
na esperança de conter a minha raiva?
Quantos caminhos eu cortei,
na esperança de te encontrar?

Eu faço um exercício,
na tentativa de entender.
Que esta distância é um sacrifício
Que tenho de passar para te ter

Não que me sinta sozinha
Estás sempre no meu coração
Mas sempre que a crueldade se avizinha,
a raiva dispara tal qual um clarão !!!

outubro 30, 2005

Magic Love







Sexo estilo “hardcore”
Num mergulho “very wet”
Gerido em “offshore”
Consumido sem “regret”

Sexo estilo guitarradas
Acompanhado ao piano
Num fundo de vozes de fadas
Pleno em ascensão tal qual império romano

Sexo no limiar de todas as realidades
Numa explosão de sentires
Num voar de sonoridades
Num acreditar que existes

Mas nada melhor que sexo,
feito de partilha com amor.
Onde tudo deixa de ter nexo
Envolvidos em calor...

outubro 27, 2005

Just You








Vivo-te entre as gotas da chuva
No meio de almofadas marcadas
Ao som de desgarradas
Com sabor a bagos de uva

Sinto-te no meio da multidão
No cheiro da terra molhada
Abrindo estradas no meu coração
Como me sinto adorada !!!

Tenho-te sem pedir
Vens até mim como se ouvisses
O chamamento feito de corpo e a alma
E a ti me dou sem reflectir

E no reencontro do olhar
Vejo tudo o que sempre sonhei
Alguém em quem confiar e amar
Algo que esperava e encontrei

Vou a caminho dos meus 35 anos, estes últimos 6 meses mudaram-me muito. Não temo o futuro e amo o presente. Estou a viver os melhores dias da minha vida, cheios de emoção e ternura. E é por te amar assim tanto que te agradeço por tudo. Gostava que todas as pessoas tivessem a mesma sorte que eu. No entanto sei que para isso é necessário arriscar, pois nada na vida é garantido. A felicidade é algo que implica muita luta, e eu tenho lutado tanto. Continuarei a lutar por mim, por ti, por nós e claro por ti T :)

outubro 25, 2005

Nas tuas mãos...







Cheiro a canela
Boca doce
Lábios húmidos
Sei lá eu que mais !!!

Anda dançar comigo
Deixa tudo para depois
Anda homem e amigo
Só hoje, não faz mal…

Deixa-me abraçar tanta ternura
Encantar-me nos teus braços
Subir aos céus da loucura
Sentir todos os teus traços

Escuta esta música
Parece talhada no céu
Melodia simples de quem se sente
Vontade de quem não teme

Se no final da noite
Tiveres de ir, vai
Guarda apenas no teu coração
Que eu te apenas quero ver feliz

Beijo-te

outubro 16, 2005

Um amor infinito







Tu és a palavra amor
Tu és a palavra dedicação
Tu és a minha fonte de calor
Tu és o bater do meu coração

Tu és mais uma razão de viver
Tu és mais uma razão de desejar
Tu és aquele que alivia o meu sofrer
Tu és aquele que eu estou a amar

Eu sou projecto que se revê em ti
Eu sou objecto transformado em humano
Eu sou mulher vivendo uma alegria sem fim
Eu sou o espelho dum tratamento desumano

Mas tu que me aceitas assim,
cheia de defeitos e falhas.
Apagando em mim,
o passado e suas dores.

Mas tu que enches de amor,
cada segundo da minha vida.
Terás de mim sem temor,
tudo o que te conseguir dar.

Escrevo-te com os olhos cheios de lágrimas, chorando de alegria, por me teres deixado entrar na tua vida, por teres acreditado em mim, por acreditares em nós. Que entendas que eu te aceito tal qual tu és. Amo-te

outubro 15, 2005

Isso mesmo...


Foto by Amy Torso





Tenho vontade de ti
Desse corpo macio
Sentir o teu calor em mim
Voares sobre o meu rio

Vontade de tocar
Nessa tua boca deliciosa
Sentir o seu beijar
O seu passear de forma harmoniosa

Desejo ouvir a tua voz
Já de olhos fechados
Naquela sala já escura
E nós de corpos colados

Apetece-me mergulhar
Entre braços pernas de vontade
Libertando todo o meu amar
Na tua loucura e na minha liberdade

E já num desejo sem limites,
deixar nossos corpos unidos ,
sentirem-se num dançar de passos repetidos.
Como é bom saber que existes !!!

outubro 13, 2005

Why ..







Acendo um cigarro de costas para a cidade que me viu nascer. Hoje anoiteceu mais depressa, talvez o Sol tivesse frio. Talvez ele tivesse sentido o vento frio que soprava do meu corpo. Enquanto observava os carros que por mim passavam, fixei-me numa flor que ondulava com o vento. Estava gasta poucas pétalas tinha, cansada de tanto vento continuava agarrada ao solo. Mudo o olhar para as minhas mãos cheias de cortes, a luta tem sido dura. Os olhos cansados de tanto chorar durante anos, numa vida que não tem sido difícil mas complicada. Conforta-me no entanto saber que o meu filho está bem e que a minha luta tem tido as suas vitorias. Conforta-me saber que a minha mãe está viva e feliz por me ver melhor. Conforta-me ter feito pessoas felizes ao longo da minha caminhada. Mas por um instante senti-me cansada e sozinha, confesso-me…

outubro 11, 2005

Azul Oxford







Talvez um dia
Talvez uma hora
Talvez por Maria
Mas não agora

Talvez por te amar
Talvez por te querer mais
Talvez por não saber encarar
Talvez por sentir demais

Talvez por ficar parada
Suspensa e sem alento
Talvez por desejar ser amada
Passo depressa o momento

Talvez por me multiplicar
Apenas te querendo feliz
Aprendo assim a desviar,
a sombra dum novo tormento.

Talvez por me rever na impossibilidade,
de qualquer evento transcendente.
Encaro a minha realidade,
vivendo apenas o meu presente.

Talvez por sempre confundir,
o amor que sinto pelo mundo inteiro,
tentarei por mim resistir.
E tu que vais fazer?

outubro 09, 2005

Some day...soon







Pode parecer lunático
Mas a realidade é simples
Existe um prazer sintomático
Recordando-me apenas que existes

Pode parecer estranho
Mas a vivência acontece
Tal como eu em ti me entranho
Tal como tu em mim permaneces

Pode parecer irreal
Num olhar saber o que pensas
Mergulhar no teu mundo sem mal
Deixares-me sempre às avessas

E neste sonho intemporal
Viver uma realidade sentida
Inocente e sem falsa moral
Fazendo de tudo isto a nossa vida

outubro 06, 2005

Iluminação controlada







Vivo atormentada
Embora tente esquecer
Numa sociedade acorrentada
A tudo o que parece ser

Cruzo-me com olhares vazios
Cheios de glamour e beleza
Casos de perfeição ilusória
Factos sem aparente memória

Luto continuamente no limbo
Caindo vezes sem conta na tentação
De reagir com o coração
Eles não merecem…

Continuando assim encurralada
Ao culto do lindo que não sinto
Querendo ser vista pela alma alada
Sofrendo porque não minto

Quero ser mãe do meu filho
Mulher de alguém que me aceite
Filha dedicada
Amiga sem limites

Não me tentem mudar
Mudarei por amor
Nunca para ser aceite
Se o fizer posso morrer (novamente)

outubro 02, 2005

Come as you are







Não me importo se sofrer
Por ti não deixarei de arriscar
Se ao teu lado me sinto viver
Se em ti me sinto acordar

Gosto de ti simplesmente
Por tudo o que me dás
Na ternura de homem que és
Pela luz que hoje a minha vida tem

Mudei e mudo cada dia,
o amor faz maravilhas.
Hoje sinto a vida com alegria
Num milagre que acontece a cada suspiro

E tudo se resume a esse olhar
Profundo como o oceano
A essas mãos que me tocam a alma
A esse corpo que me faz acordar

Se tu soubesses o quanto eu te amo….

setembro 27, 2005

Let's Get It Started







Estava tudo certo
A roupa no sitio certo
A comida bem temperada no prato
O carro do último modelo.

Estava tudo certo
Ele era perfeito, aprumado etc e tal
Cheirava bem, vestia bem
Carreira de sucesso

Estava tudo em ordem
Nada fora do lugar
Não existia desordem
Nada lhe iria faltar

Um dia desceu a esquina
Desatenta como sempre
Cruzou os olhos com outro
Sentiu-se mal…

Dormiu mal
Dias passaram
Meses passaram
Entrou num mundo animal

Hoje não se arrepende
Hoje a nada se prende
Hoje ama e é amada
Jurou nunca mais ficar de boca calada

setembro 24, 2005

Aceitas ?


Foto by Olav Murillo






Já fui nova
Tão nova que sorria
Sorria tanto e não pensava
Que o tempo passava depressa

Já conquistei o mundo
Num jogo que nem jogava
Apenas repetindo palavras
Numa rotina viciada

Já pensei ter tido tudo
Mas esse todo era vazio
Dele apenas ficou o frio
Dele não ficou saudade

Hoje mais velha
Velha mas não acabada
Olho o presente de frente,
voltando de novo à estrada

Se a sorte finalmente,
alguma coisa quiser comigo.
Não a deixarei fugir
Porque a sorte é coisa rara

Raro é também entender
O quanto a idade nos dá alegria
Fazendo-nos viver em harmonia
Hoje sei o que não devo perder

Não vou perder um segundo
Em medos e questões secundárias
Pois se sinto que tu és o meu mundo
A ti te convido para a viagem….

Aceitas?

setembro 20, 2005

As long...




Docito,

Espero que tenhas tido um bom dia de trabalho, o meu passou depressa. Escrevo-te hoje sentindo mais saudades que nunca, é difícil estar longe de ti. As tuas ausências embora eu me tente convencer que são breves, tenho momentos que me parecem eternidades. Quando passamos por momentos muito complicados na nossa vida, encontrar alguém como tu é como voltar a ver a luz. Sabes bem que quando falo não é apenas teoria, a vida não tem sido fácil, acho que não o é para ninguém. No entanto tento simplificar e instantes tenho que fechar os olhos é o suficiente para me fazer sorrir. Conhecer alguém como tu foi uma bênção. És um verdadeiro ser humano de uma honestidade sem limites e duma pureza invejável. Temi ao princípio que todo o meu entusiasmo fosse apenas fruto do momento. O tempo passa e ele aumenta tal qual o meu amor por ti. Eu sei que sou complicada por isso peço-te que me entendas, não quero que o meu passado me controle, mas não posso fugir dele. Sabes que quando a noite chega o meu coração fica apertado, faz-me falta a tua presença para serenar.
Confesso neste momento não desejar muito mais da vida, estou a recomeçar a viver. Espero continuar a caminhar ao teu lado, pois não tenho pressas, estou a adorar descobrir quem és.
Deixo-te um beijo doce, aguardando a tua volta…
Laura

setembro 19, 2005

Hold Me...


Foto by Angelica





Porque nos enrolamos tanto?
Porque nos confundimos tanto?
Porque procuramos problemas ?
Porque vivemos a medo?

Porque fugimos do amor?
Porque temos medo de sofrer?
Porque temos pânico de errar?
Porque temos pavor de ouvir Não ?

Pudesse eu ser feiticeira,
fazer uma magia perfeita.
para o teu coração ser meu.
Hoje agora e para todo o sempre.

Mas ninguém me entende
Quando digo que temos de aproveitar
Temos que apanhar o autocarro
Temos que seguir viagem

Esperamos o quê?
Que algo corra mal?
Tantas perguntas…
Tão poucas respostas..

Mas mesmo assim…
Amo-te

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